De olho nas próximas gerações, indústrias desenvolvem sistemas para reduzir o impacto da produção no meio ambiente. A chama “agenda verde” chegou para ficar. Esse é o tema principal de uma série especial exibida pelo Jornal da Band, intitulada “Caminhos Sustentáveis”.
No segundo episódio da série especial, o destaque vai para a redução dos gases poluentes. Grandes companhias têm investido em projetos de energia limpa, visando diminuir a emissão de CO2 na atmosfera.
Para se construir um prédio, por exemplo, empresas estão começando a usar o aço sustentável. Possui a mesma resistência e eficiência que o aço comum, mas sua fabricação emite 64% menos carbono na atmosfera e é desenvolvido de material 100% reciclável.
A matéria-prima produzida com menor emissão de carbono costuma custar mais caro, mas as construtoras que optam por produtos menos poluentes conseguem juros mais baixos na hora de financiar a obra junto aos bancos. Uma coisa compensa a outra. Por isso, em tese, para o consumidor final, um apartamento não deve ter acréscimo de preço só porque é mais sustentável.
No Brasil, o setor industrial é responsável por 5% das emissões de gás carbônico. Veículos, termelétricas e queimadas florestais são poluidores intensivos. O excesso desse gás na atmosfera agrava os problemas climáticos, como enchentes e ondas de calor.
Para amenizar esse impacto, algumas indústrias substituem o carvão mineral, pelo vegetal, o mesmo usado nas churrasqueiras. Ele é resultado da queima de madeira de florestas renováveis, normalmente de eucalipto.
O carbono do carvão vegetal é usado para fabricar o aço, que vira CO2, vai para atmosfera e as árvores, que produzem o carvão vegetal, absorvem esse CO2, que vira carvão vegetal e vira CO2. Assim, se cria um ciclo fechado, onde não possui acréscimo de gás carbônico na atmosfera.
Na indústria de papel, a queima dos resíduos da madeira gera energia para alimentar as usinas. Ao invés de comprar energia por meio de combustíveis fósseis, é possível reciclar o gás e gerar energia. O calor dos gases lançados durante o processo produtivo é usado para gerar eletricidade.
Outro projeto para diminuir a quantidade de gás carbônico da atmosfera, é a captura de carbono.
De forma simplificada, funciona assim: antes de poluir a atmosfera, o gás carbônico é separando e injetado de volta nas profundezas do solo.
A única empresa brasileira que faz isso é a Petrobras. Cerca de 23 das 57 plataformas da de petróleo da estatal já usam a técnica. No ano passado, a companhia bateu o recorde mundial de captura e armazenamento de CO2.