Indústria gaúcha pede flexibilização de leis trabalhistas e créditos especiais

Nesta sexta-feira (17), representantes da indústria do Rio Grande do Sul foram a Brasília em busca de um pacote emergencial para evitar falências e demissões

Da redação

Serão mais R$ 200 milhões para as cidades afetadas pelas enchentes, dos quais R$ 192 milhões são o pagamento de uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios para cidades em calamidade. Mais de R$ 30 milhões vão para a compra de equipamentos, remédios e melhoria das instalações de 10 hospitais e unidades de saúde que seguem em operação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu aos prefeitos que enviem, o mais rápido possível, informações precisas sobre o que será necessário para a reconstrução.

“O que nós queremos é cadastrar, da forma mais eficaz possível, as necessidades do atendimento das pessoas. Eu acho que vocês, prefeitos e prefeitas do Rio Grande do Sul, têm noção de que, enquanto essa água não for embora, a gente não tem a noção do que aconteceu de verdade”, pontuou Lula.

Pedidos da indústria

O governo ainda prometeu medidas para recuperar a economia do estado. Um estudo da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) aponta que quase 95% do PIB gaúcho foi afetado pelas enchentes.

Nesta sexta-feira (17), representantes da indústria foram a Brasília em busca de um pacote emergencial para evitar falências e demissões. Eles pediram o pagamento de um benefício para a manutenção das vagas de mais de 500 mil funcionários, redução proporcional da jornada de trabalho e dos salários e a flexibilização de regras trabalhistas. Outro foco é a reconstrução industrial, com linhas de crédito especiais.

“Se essas medidas forem tomadas e o dinheiro chegar a tempo, certamente, nós vamos ter o estado aí em três anos, novamente de pé como estava”, disse Arildo Bennech Oliveira, presidente em exercício da FIERGS.

R$ 100 bilhões necessários

As ações para a recuperação da produção no Rio Grande do Sul são estimadas em cerca de R$ 100 bilhões pela FIERGS. Entre os pedidos, financiamentos a juro zero. O governo federal confirma as linhas de crédito, mas ainda não bateu o martelo sobre as taxas.

“Já conversamos com o BNDES, o Aloizio Mercadante, vamos conversar com a Fazenda para se definir a questão dos juros, fundo garantidor e as linhas de crédito que devem ser para tudo”, disse o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB).

O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou o início do pagamento do programa "Volta por Cima" a 47 mil famílias de baixa renda. Elas recebrão um auxílio de R$ 2,5 mil e os R$ 2 mil do “SOS Pix” começaram a ser depositados aos desabrigados.

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