Jornal da Band

Independência: Povo se tornou protagonista da festa de 2 de julho em Salvador

A festa religiosa é uma síntese do que há na Bahia

Sérgio Gabriel

Na Bahia, o 2 de julho é muito mais popular que o 7 de setembro. Não há dúvida sobre qual a data da independência mais importante. A festa é o retrato da Bahia. Ela é cívica ela é militar ela é religiosa ela é profana ela é sagrada então ela traz todos esses elementos num festejo só. Nas ruas os desfiles são uma demonstração de como o povo virou dono da festa.

Esse povo que é protagonista se organiza e vai à festa e não precisa que ninguém mande que ele vá o que diga a ele para diretriz ele vai à festa é dele   

O 2 de julho se transformou numa data para medir a popularidade dos governantes atuais. Relembrar o passado e fazer cobranças para o presente e o futuro. Os baianos carnavalizaram a independência. 

Os baianos têm um jeito de celebrar que é muito africano e carnavaliza-se tudo porque celebra-se tudo alegria, a vida, o passado glorioso e os grandes feitos que existiram no passado é uma espécie de carnaval sim. 

A festa religiosa é uma síntese do que há na Bahia. No simbolismo do 2 de julho uma cerimônia que acontece nesta igreja a matriz de nossa senhora do rosário em cachoeira tem um papel central nas celebrações aqui é acesa a tocha com fogo que representa a luta pela independência.

A independência por aqui teve muito sangue derramado e personagens muito diferentes do resto do brasil. A batalha do Pirajá, por exemplo, rendeu a história do Corneteiro Lopes. Ele recebeu de seu comandante a ordem de soar o toque de retirar, mas... 

 O desfile de 2 de julho tem como símbolo principal a figura de um indígena, o caboclo. Com o tempo ele ganhou a companhia de uma cabocla. Mas além da representação física existe a representação espiritual, muito presente numa cidade de maioria africana como salvador

É no dia 2 de julho que grande parte dos candomblés de salvador batem para reverenciar os caboclos. Então eles são de qualquer forma reverenciados da mesma forma que os Orixás são referenciados pelas nações de matriz africana. 

Neste domingo, o povo vai para a rua novamente. E a festa vai ser especial por que marca os 200 anos da independência na Bahia.

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