
O governo apresentará, nesta terça-feira (18), a proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil por mês. Para que comece a valer em 2026, a proposta tem que ser aprovada até dezembro.
Como o governo já ativou o “modo campanha”, o projeto de lei é considerado uma das prioridades do Planalto. Lula se reuniu com o ministro Fernando Haddad, técnicos do Ministério da Fazenda e o Secretário da Receita Federal. A versão final do texto foi apresentada ao presidente, que já deu o “ok”. A previsão é que, com a isenção, o governo deixe de arrecadar R$ 27 bilhões.
“Amanhã, vai ter uma reunião com o presidente Hugo Motta, com o presidente Davi Alcoblumbre e aí nós vamos, o presidente vai anunciar a medida”, disse Haddad.
Para compensar a perda, a ideia é taxar quem ganha mais. Deve ser criada uma alíquota progressiva para rendimentos superiores a R$ 50 mil por mês, chegando a 10% para aqueles que recebem mais de R$ 1 milhão por ano.
A proposta enfrenta resistência de parlamentares da oposição. A maior parte apoia a redução de impostos, mas critica o aumento de tributos sobre os mais riscos. Para a economista Carla Beni, o governo deveria incluir outros pontos na proposta.
“Faria isenção até R$ 5 mil, faria a correção das faixas, por exemplo, pelo INPC, e aprovação da alíquota junto dos salários superiores, já faria a aprovação de um pacote todo. Politicamente, há de se saber se isso casa ou não com a situação atual”, disse.
Atualmente, quem recebe até R$ 2.824 por mês está isento.