A Polícia Federal deve receber, nesta semana, imagens do aeroporto de Roma que vão ajudar na investigação sobre o ataque contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado foi hostilizado por um grupo de brasileiros quando voltava de uma palestra na Universidade de Siena, na última sexta-feira (15).
O filho do ministro o acompanhava no momento e chegou a ser agredido. Três pessoas suspeitas de participação na confusão foram fotografadas por integrantes da comitiva de Moraes.
Os investigados pela Polícia Federal são: Alex Zanatta Bignotto e os sogros dele, Andréa e Roberto Mantovani, todos de Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo.
Alex, corretor de imóveis, foi ouvido pela PF no último domingo (16), em Piracicaba, também em São Paulo. Representado pelo advogado, ele negou que tenha ofendido o ministro.
Já Andréa e Roberto Mantovani divulgaram nota afirmando que houve um mal-entendido entre Andrea e duas pessoas da comitiva de Moraes. Além disso, diante das “graves ofensas” que a suspeita teria sofrido o marido, um idoso de 70 anos, “precisou conter os ânimos do jovem ofensor”.
A carta enviada pelo casal não cita nomes, mas o “jovem ofensor” descrito no documento seria uma referência ao filho do ministro. O depoimento de Andréa e Roberto está previsto para esta terça-feira (18), em Piracicaba.
As imagens do circuito interno do aeroporto de Roma serão fundamentais para ajudar a esclarecer o que aconteceu. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, o material deve ser enviado à PF pelas autoridades italianas até a próxima sexta-feira (21).
A PF investiga se houve motivação política ou ideológica nos ataques a Alexandre de Moraes e familiares. Nem o ministro, nem o Supremo se manifestaram sobre a agressão.