O presidente Lula passará por uma nova cirurgia na cabeça na manhã desta quinta-feira (12). A informação foi divulgada pelo hospital Sírio Libanês, onde Lula está internado e fez a primeira cirurgia ao ser diagnosticado com uma hemorragia no cérebro.
No dia 19 de outubro, o presidente caiu no banheiro enquanto cortava as unhas e bateu a cabeça. Complicações vieram 52 dias depois, com um quadro de hemorragia, que não é tão raro, principalmente entre pacientes idosos:
“Quando você tem um impacto, um trauma onde acontece o mecanismo de aceleração e desaceleração esses vasos podem se romper e gotejar sangue entre o cérebro e essa membrana. A partir do momento que esse sangramento atinge um volume em que há compressão do parenquima cerebral é que ele vai trazer sintoma aos pacientes”, disse a neurocirurgiã Diana Santana ao Jornal da Band.
A gravidade está ligada a área atingida. É pior quando afeta o cérebro, onde estão os neurônios, porque pode provocar sequelas. Segundo os médicos, 90% das pancadas não geram consequências.
Quando as sequelas aparecem, no entanto, os problemas estão ligados, na maior parte das vezes, às hemorragias. É preciso realizar exames específicos para identificar o quadro, como tomografias e ressonâncias.
A perda de consciência é o alerta mais importante. Se a pessoa estiver acordada, os principais sinais de risco são a desorientação, vômitos e náuseas, alterações na fala e na visão, perda de coordenação motora e dor de cabeça forte. Esses sintomas podem aparecer nas primeiras horas ou semanas depois.
“A parede dos vasos vai envelhecendo com a idade e isso faz com que ela fique mais frágil e durante um trauma tenha mais chance de sangrar. Então, a primeira coisa é reduzir o risco de queda porque é a queda que vai levar ao trauma”, completou a neurocirurgiã.