Hospital de campanha de R$ 7,3 mi em MG foi desmontado sem nunca ter sido usado

Hospital de campanha em MG foi desmontado sem nunca ter sido usado

Da Redação, com Jornal da Band

Desperdício de dinheiro público em Minas Gerais. Um hospital de campanha foi desmontado em setembro do ano passado sem nunca ter sido usado. 

Com hospitais superlotados em várias cidades mineiras e o sistema de saúde entrando em colapso, surgiram novos questionamentos sobre o hospital de campanha, construído pelo governo estadual no Expominas em Belo Horizonte.

O espaço foi aberto em abril de 2020 e fechado em setembro. A estrutura já foi até desmontada sem receber nenhum paciente. Nesses cinco meses, o hospital de campanha do Expominas custou aos cofres públicos cerca de R$ 2 milhões só de manutenção. 

O espaço contava com 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização e foi construído ao custo de R$ 5,3 milhões, sendo R$ 4,5 mi em doações privadas e R$ 800 mil de recursos públicos.

Para o governador Romeu Zema (Novo), o hospital de campanha não é um ambiente ideal para o atendimento de pacientes com covid. 

“Se aquele hospital tivesse montado, nós teríamos falta de profissionais para estar faezendo o atendimento. E o paciente fica muito mais bem atendido dentro de uma unidade hospitalar que tem UTI e outros recursos do que um hospital de campanha”, avaliou.

A prefeitura de Belo Horizonte nunca investiu em hospital de campanha. Segundo a secretaria municipal de saúde, na pandemia, a cidade adotou estratégia para investir nos hospitais da rede SUS-BH com ampliação e qualificação de leitos.  

Em Betim, na região metropolitana, o hospital de campanha foi construído com recursos do município e da iniciativa privada. O espaço conta atualmente com 60 leitos de unidade de terapia intensiva, mas com capacidade para chegar a 105 leitos imediatos e a 175 a médio prazo. 

Segundo o secretário adjunto de saúde da cidade, se a estrutura não fosse montada, a situação seria ainda mais desesperadora. 

O custo das estruturas é um dos obstáculos para muitos municípios. A prefeitura de Ibirité, também na região metropolitana, gasta cerca de R$ 2 milhões por mês para manter o hospital de campanha da cidade, que está no limite de ocupação. 

Já em Contagem, o custo do hospital de campanha é de R$ 5 milhões, mas a cidade conta também com recursos estaduais e federais.

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