Homem morre após ser operado por engano em cirurgia de transplante no Rio

Mesmo com idades, pesos, tipos sanguíneos, e dados diferentes apenas um dos Francisco das Chagas precisava do procedimento

Clara Nery, do Jornal da Band

Um transplante de rim na pessoa errada causou a morte do paciente no Rio de Janeiro. Duas médicas e duas assistentes sociais foram indiciadas por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar.

Francisco das Chagas de Oliveira, de 58 anos, e Francisco das Chagas de Oliveira Moura, de 52. De nomes quase iguais, os dois faziam sessões semanais de hemodiálise no Hospital São Francisco da Providência de Deus, na zona norte do Rio. Apesar das coincidências, os Franciscos nunca se conheceram. Mas suas histórias se cruzaram em um final trágico.

Mesmo com idades, pesos, tipos sanguíneos, dados pessoais diferentes e apenas um deles com a necessidade de fazer transplante de rim, ocorreu um erro médico grave: o Francisco que não precisava de transplante foi chamado, levado para a mesa de cirurgia, sofreu uma hemorragia e morreu após a operação. 

O caso aconteceu em outubro de 2020 e a família só entendeu o que realmente tinha acontecido em maio de 2021, quando foi procurada pela polícia durante as investigações.

Francisco de Oliveira Moura, que precisa da operação com urgência, descobriu que foi retirado da fila de transplante, e precisou entrar novamente na espera.

Em nota, o hospital informou que, após o episódio, criou novos protocolos, com checagem quádrupla de identificação do paciente, para reforçar a segurança.

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