Darci Rodrigues de Lima estava trabalhando na rodoviária de Prudentópolis, no interior do Paraná, quando recebeu voz de prisão por um crime que não cometeu. A confusão se deu porque Darci tem os mesmos nome e sobrenome de um condenado por homicídio e tráfico de drogas.
Por um erro, o mandado de prisão da justiça de Mato Grosso tinha os nomes dos pais do homem inocente, que nunca esteve no Mato Grosso. Ele foi levado para cadeia e não passou por audiência de custódia. Só um mês depois, Darci conseguiu falar com um advogado, que entrou com um habeas corpus. Ele foi solto no dia seguinte após o juiz reconhecer o erro.
A corregedoria do Tribunal de Justiça do Mato Grosso abriu um procedimento interno para investigar a prisão ilegal de Darci. No mês passado, outros dois casos parecidos foram registrados no Rio de Janeiro.
Relembre outros casos
A diarista Débora Damasceno ficou três dias detida por engano, confundida com uma traficante de Minas Gerais. O mesmo aconteceu com o merendeiro Alex Santos do Rosário, que foi preso injustamente. Nos dois casos, inocentes foram parar na cadeia por terem nomes parecidos com o de criminosos.
Para evitar que isso aconteça, o Conselho Nacional de Justiça estuda usar a biometria para cumprir mandados de prisão.