Países europeus decidiram retomar medidas de restrição diante do aumento de casos de Covid-19 provocados pela variante ômicron. Mais de 10 mil casos da nova cepa foram registrados neste sábado, 18, no Reino Unido, três vezes mais do que na sexta.
Mais infectados significa também mais internações, e Londres está recebendo 200 pacientes por dia, um aumento de quase 30% em relação a semana passada. A projeção é que, nesse ritmo, a Inglaterra pode começar a ver 3 mil pessoas por dia precisando de atendimento hospitalar.
A alta de casos reflete também na linha de frente de combate, que vê médicos e enfermeiros se contaminando e precisando se isolar. O sistema público de saúde enfrenta muitas baixas num momento crucial, em que tenta vacinar o maior número de pessoas e ainda dar conta do aumento de internações.
A ômicron atacou também a primeira divisão do futebol inglês, a rodada deste final de semana teve seis jogos suspensos por causa de surtos de covid nos elencos. Menos de 70% dos jogadores da Premier League estão com a vacinação completa. Na Itália, por exemplo, esse índice é bem maior: 98 por cento.
Outros países continuam adotando medidas para frear a ômicron. Na Irlanda, bares e restaurantes deverão encerrar o expediente às 8 da noite, já a partir desse domingo.
Na Holanda, o temido lockdown está de volta, e todo o comércio não essencial ficará fechado até 14 de janeiro, assim como as escolas, que também não vão abrir. Em Portugal, o governo iniciou a vacinação para crianças de 5 a 11, com a fórmula da Pfizer. No primeiro dia de campanha, mais de 1.200 doses foram aplicadas.