Hezbollah culpa EUA pela guerra no Oriente Médio e diz que escalada é inevitável

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, parabenizou o Hamas pelo ataque de 7 de outubro e garantiu que foi uma ação exclusiva do grupo, sem a participação do Irã

Da redação

Hezbollah culpa EUA por guerra no Oriente Médio
Reuters

O líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, culpou os Estados Unidos pela guerra no Oriente Médio, além de dizer que uma escalada do conflito é inevitável. Israel decretou alerta máximo na fronteira com o Líbano. Os bombardeios de Tel Aviv na Faixa de Gaza continuam. Até um comboio de ambulâncias foi atingido.

A cidade de Gaza está sitiada. Soldados israelenses dominam as principais ruas. Chegar lá não exigiu muitos das tropas, que se beneficiaram de um campo aberto para avançar com tanques e blindados, sempre com apoio aéreo.

Até agora, Israel anunciou a morte de 23 soldados em uma semana de incursão terrestre. Esse número deve subir consideravelmente a medida que as tropas avançam. O xadrez da guerra não acontece apenas na linha de frente. No jogo das ameaças constantes, esta sexta-feira (3) trouxe novidades.

No aguardado pronunciamento, o líder do Hezbollah contou com o fechamento de escolas e comércios e milhares de apoiadores reunidos em praças, no Líbano. Nasrallah parabenizou o Hamas pelo ataque de 7 de outubro e garantiu que foi uma ação exclusiva do grupo, sem a participação de outros atores, como o Irã, país inimigo de Israel.

Nasrallah afirmou, ainda, que Israel é apenas um instrumento dos Estados Unidos. Depois do discurso, as forças de defesa israelenses declararam alerta máximo no norte do país, onde faz fronteira com o Líbano.

Resposta de Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também foi aos microfones. Prometeu uma resposta dura, caso o grupo xiita decida escalar o conflito. Para o líder, não há chance de um cessar-fogo enquanto o Hamas não libertar os reféns.

Em meio a tudo isso, mais de 2 milhões de civis palestinos tentam sobreviver. É um pesadelo diário, com a perda de familiares e casas destruídas a todo instante. De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, um bombardeio israelense atingiu ambulâncias, deixando vários mortos e feridos, perto do hospital Shifa.

Saída de estrangeiros

No sul do território palestino, cenas caóticas na fronteira com o Egito. É por Rafah que estão saindo, pouco a pouco, os mais de 7 mil estrangeiros na zona de guerra.

A passagem para o Egito é complexa e burocrática. Só nesta sexta-feira (3), na terceira lista, puderam sair da Faixa de Gaza os sogros do primeiro-ministro da Escócia, país do Reino Unido, um dos principais aliados de Israel. Brasileiros continuam sem saber quando vão poder deixar a região.

A expectativa é que, até o fim da próxima semana, todos os estrangeiros tenham deixado Gaza. Enquanto isso, a ajuda humanitária tem entrada num volume cada vez maior. Na última quinta-feira (2), foram mais de 100 caminhões com comida, água e remédios. Um pequeno alívio para quem tem sofrido com a guerra há quase um mês.

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