O piloto inglês Lewis Hamilton falou com exclusividade ao Jornal da Band sobre o ano difícil que ele está passando com um carro da Mercedes que já nasceu errado e perde em velocidade para as rivais Red Bull e Ferrari em todas as pistas. Ele conta que mal tinha acabado de superar psicologicamente a perda de um campeonato da forma como perdeu o do ano passado, quando veio a decepção de um carro ruim, o que ninguém esperava.

A partir daí, Hamilton e a Mercedes tiveram que fazer um trabalho para reconstruir a equipe e levantar moralmente as pessoas. Foi um teste de perseverança.

Esperanças de ainda vencer este ano? A expressão demonstra que não muito. Mas uma coisa que ele aprendeu desse carro é que nunca se sabe quando ele vai funcionar. Na altitude do México eles tiveram a melhor chance. Quem sabe, a altitude de Interlagos, três vezes menor que a do México, ajude.

O piloto, que tem sete títulos mundiais, não gosta de dirigir nas ruas. Ele acha muito barulhento, muito agitado. Só existe um momento em que gosta de dirigir. Um domingo, com o sol nascendo, ouvindo uma boa música e em uma estrada à beira mar. Disso ele gosta, mas não por muito tempo. Meia hora pra ir e meia hora pra voltar. No máximo.

Hamilton está produzindo um filme sobre a Fórmula 1 em parceria com Brad Pitt. Ele diz que a sua função é dar vida a um roteiro que crie paixões, emoções, mas com o cuidado de ser uma historia muito próxima do real.

E ele se arriscaria a encarar alguma participação como ator?  Hamilton diz que essa é a pergunta que ele mais ouve atualmente. Mas, por enquanto, não se sente muito animado.

E se no futuro alguém fizer um filme sobre Lewis Hamilton? Nem isso o deixa muito seguro, é preferível encontrar alguém parecido para fazer o papel dele.

Paixão pelo futebol

Copa do Mundo chegando e, como um fã de futebol, Hamilton está ansioso e até confiante no trabalho da seleção da Inglaterra. Quando criança, até os 16 anos de idade, ele cresceu jogando futebol no videogame. E sempre escolhia defender o Brasil. Diz que é apaixonado pelo talento dos jogadores brasileiros. Porque têm uma habilidade tão diferente, tão especial. E ainda ama as cores da Seleção.

E se jogar Brasil x Inglaterra na Copa? Hamilton diz que mandaria fazer uma camiseta, metade branca e azul como o time inglês, e metade verde e amarela.       

O novo cidadão honorário do Brasil já adquiriu também o jeitinho brasileiro.