Fernando Haddad esteve em São Paulo com representantes dos maiores bancos do Brasil e saiu da reunião com o que a federação nacional do setor chamou de "apoio institucional" para medidas de equilíbrio nas contas públicas.

“Nós aqui estivemos também para reafirmar um apoio institucional ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, porque enxergando nele todo um engajamento, uma determinação e uma firmeza na busca do equilíbrio fiscal”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Na semana passada, outra reunião de Haddad com integrantes do mercado financeiro gerou boatos de que a regra fiscal poderia mudar. Os indicadores do mercado financeiro refletiram isso. O dólar subiu e a bolsa caiu diante do pessimismo dos investidores. Além disso, houve novas derrotas do governo: o presidente do congresso, Rodrigo Pacheco, devolveu parte da medida provisória que restringia a compensação de créditos de PIS/Cofins após a reação negativa de setores que são base do PIB brasileiro, como o agronegócio e indústria.

A avaliação na base aliada é que Haddad termina a semana melhor do que começou. Principalmente após a declaração pública de apoio do presidente. Lula afirmou que o ministro é extraordinário. Foi um recado que teve alvo interno.

Haddad tem enfrentado fogo amigo da ala política do Planalto que em ano eleitoral cobra um ajuste nas contas mais brando. Até o fim de agosto o governo encaminha ao congresso o orçamento do ano que vem. Haddad prometeu ritmo mais intenso de revisão dos gastos para 2025.