O ministro da Fazenda disse, nesta terça-feira (7), que as contas públicas vão fechar o ano com déficit dentro da meta fiscal e a economia crescendo acima do esperado. Fernando Haddad afirmou que o PIB vai fechar 2024 em alta de 3,5% a 3,6%. A previsão do mercado, no início do ao, era de 1,3%. 

Outro ponto de destaque, de acordo com o ministro, é a queda da dívida pública. O déficit primário, ou seja, sem contar os juros, fecha 2024 a 0,1% do PIB, contra 0,8% projetados no começo do ano passado. O resultado está dentro do limite de tolerância do marco fiscal. 

Os gastos do governo com ajuda emergencial e reconstrução do Rio Grande do Sul, no entanto, não entraram na conta, após autorização do Congresso. Sem a exclusão, o déficit sobe para 0,37%. 

De acordo com o economista André Perfeito, o balanço é uma boa notícia, mas é preciso que o governo trabalhe no controle das contas públicas para baixar os juros e baratear o crédito. 

"O Brasil precisa estancar esse vazamento, porque isso que é importante, uma vez estancado esse vazamento, muito provavelmente, já que o juro já está muito alto, a tendência é que ele possa cair muito rapidamente”, disse. 

A alta no PIB também repercute no bolso do próprio governo. A arrecadação federal ultrapassou R$ 209 bilhões em novembro. É o segundo maior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1995. 

O aumento é cerca de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação.