Os Estados Unidos acreditam que o Brasil tem condições de evitar que a crise entre Venezuela e Guiana se agrave. O interesse dos americanos na região vai além da geopolítica - envolve bilhões de barris de petróleo.
A Guiana pediu ajuda aos Estados Unidos após o referendo na Venezuela aprovar a anexação do território de Essequibo, que representa dois terços de seu território.
Nesta quinta-feira (7), aviões militares americanos sobrevoaram a região. Desde de 2022, Estados Unidos e Guiana mantém um acordo militar.
A Venezuela classificou os exercícios como uma provocação. O ditador Nicolás Maduro embarca neste fim de semana para buscar em Moscou apoio de seu maior aliado, o presidente Vladimir Putin, da Rússia, grande fornecedor de armamentos para o país sul-americano.
A região que a Venezuela quer tomar da Guiana tem reservas de 11 bilhões de barris de petróleo. A empresa americana Exxon Mobil tem licença para explorar a região e produz 400 mil barris por dia.
O CEO da petroleira disse acreditar que a Guiana não está sozinha, e que a Comunidade internacional pode agir se a soberania do país for ameaçada.
Enquanto segue com as atenções voltadas a guerra na Ucrânia e no apoio a Israel, o governo americano quer evitar um novo conflito em sua vizinhança. E conta com o apoio do Brasil nessa missão.
A Casa Branca diz que a violência não é a resposta para o impasse e acredita que presidente Lula tem o poder de evitar uma escalada militar na região.
Nos bastidores, o governo de Joe Biden tem dito que a relação histórica entre Lula e Maduro poderia ajudar a acalmar os ânimos.
A Organização dos Estados Americanos disse que o governo venezuelano promoveu um referendo ilegal e ilegítimo.