Guerra comercial por ‘tarifaço’ pode sinalizar o fim da globalização, diz premiê do Reino Unido

Além dele, outro magnata da economia britânica, Richard Branson, classificou as tarifas aplicadas por Donald Trump como “erro colossal”

Felipe Kieling

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
REUTERS/Carlos Barria

A Europa tenta negociar com os Estados Unidos e suspender o tarifaço imposto por Donald Trump. Os prejuízos às exportações e o risco de recessão mundial apavoram os investidores. Londres, Paris, Madrid e Frankfurt, os quatro principais pregões do continente, amargam quedas que variaram de 4% a 7%. 

A avaliação de economistas é de que as novas taxas de importação aplicadas pelos Estados Unidos resultem em uma palavra: recessão. Essa seria uma paralisia em escala mundial. Os setores bancário e de defesa estão entre os que correm mais risco de perdas. 

Magnata da economia britânica, Richard Branson classificou as tarifas aplicadas por Donald Trump como “erro colossal”. 

Europa tenta evitar guerra comercial 

Na Europa, Reino Unido e União Europeia tentam evitar um confronto direto e começar uma guerra comercial com os Estados Unidos. A prioridade é negociar. A primeira proposta da União Europeia foi anunciada: o bloco sugeriu zerar os impostos do comércio industrial com os americanos, incluindo os automóveis. 

Apesar de dizer estar pronta para negociar com o governo Trump, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de uma força-tarefa para monitorar importações e preparar medidas em retaliação ao tarifaço americano

Uma delas será votada nesta quarta-feira (9) e propõe cobrar 25% sobre uma série de produtos americanos que entram importados pelo bloco europeu. Seria uma resposta à taxação do aço e do alumínio, em vigor há um mês. Se for aprovada, a primeira fase da retaliação começa em 16 de maio. 

O premiê britânico, Keir Starmer, alertou que a nova guerra comercial pode sinalizar o fim da globalização e causar um outro fenômeno: o aumento da inflação no mundo.

Um exemplo está nas nossas mãos: um celular geralmente conta com uma tela fabricada na Coreia do Sul, a câmera vem do Japão, a bateria sai da Índia, enquanto processadores projetados nos Estados Unidos, fabricados em Taiwan, contam com tecnologia inglesa, alemã e holandesa. Tudo isso, empacotado na China. 

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