A compra de fuzis para os guardas civis metropolitanos em São Paulo gerou discussão.
A verba para a compra dos 20 fuzis e 10 carabinas saiu graças a uma emenda parlamentar do vereador Delegado Palumbo (MDB). Ele defende que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) tenha melhores equipamentos - a maioria usa revólveres calibre 38. O gasto será de R$ 400 mil.
“Eles vão em ambientes hostis, que pode haver troca de tiros com pessoas, bandidos armados de fuzil. E o fuzil só se combate com outro armamento igual”, justifica o político e delegado de polícia.
Contudo, especialistas criticam a decisão e defendem que armas assim sejam usadas apenas por agentes treinados para o enfrentamento do crime, como os policiais militares.
“A função da guarda é o ordenamento urbano, é a polícia de proximidade, que faz a mediação de conflitos cotidianos. Não é com fuzil na mão que isso pode acontecer”, argumenta Ivan Marques, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os fuzis serão usados pela inspetoria de operações especiais, a IOPE - grupo de elite da GCM, que só atua em situações muito específicas.
“O principal objetivo da IOPE quando ela chega é fazer o impacto visual”, disse Elza Paulina, secretária municipal da Segurança Urbana.
Os guardas passarão por treinamento para só depois usarem os fuzis, em situações onde outros agentes precisarem de apoio.