Pelo menos 500 pais, professores e fornecedores das escolas vendidas para o grupo chileno ‘Vitamina’ criaram um movimento nas redes sociais para tentar recuperar o dinheiro perdido em um calote da rede escolar.
A empresa enfrenta cerca de 300 processos na Justiça brasileira, com dívida total de R$ 100 milhões. O grupo teria comprado 37 escolas no estado de São Paulo e não honrado com pagamentos para os donos das unidades ou em devolver os valores de mensalidades que os pais pediram de volta.
Rodrigo de Almeida, pai de uma das alunas lesadas pelo grupo, não recebeu de volta R$ 16 mil em mensalidades antecipadas. Pouco antes de fechar, estava faltando até comida para as crianças. “Eles ficaram sem comer no almoço, alguns alunos até comeram, mas sem proteína, que para a criança, é essencial. A gente não quer nosso filho passando fome, né?”, questiona.
Soraia Nunes é outra que sofreu prejuízo com o calote. Ela vendeu a escolha que mantinha há 30 anos e só recebeu 30% do valor. “Um calote, simples assim, infelizmente. Ninguém atende, eles sumiram”, diz.
Nesta semana, um juiz mandou bloquear as contas da Vitamina Volding, da Vitamina Brasil e as contas estão zeradas, segundo Joel Batista, representante das vítimas.