Só no ano passado a busca pelo ouro provocou perda de 232 hectares de floresta na Amazônia. Isso impacta diretamente na vida das comunidades. Em Roraima, só na última semana, mais de mil indígenas da etnia Yanomami em estado grave foram resgatados.
Um hospital de campanha foi montado pela força aérea já que a casa de saúde indígena não consegue suportar mais tantos pacientes. No último levantamento eram 700 pessoas internadas. A capacidade é de trezentas.
Na próxima semana, uma reunião entre seis ministérios vai traçar o plano de retomada das áreas que foram dominadas pelos garimpeiros. A ideia é desengavetar um plano apresentado pelo ministério público federal, no ano passado, ao governo Bolsonaro.
Ele prevê a manutenção permanente de forças de segurança nos locais explorados pelos garimpeiros, e evitar que eles voltem. Além de aumentar a fiscalização, para que os materiais de extração cheguem às terras indígenas.
Dados do governo federal mostram que a terra Yanomami, que tem cerca de 30 mil indígenas, foi invadida por mais de 20 mil garimpeiros ilegais. Pelo menos 10 rios e igarapés foram contaminados com mercúrio.
Os peixes, a principal fonte de proteína dos Yanomami, praticamente desapareceram.