O governo Lula encara uma semana de votações decisivas no Congresso. Das 25 medidas provisórias em discussão, oito vão perder a validade nesta quarta-feira (31). Entre elas, prioridades do governo, como a que reestrutura os ministérios, a que repassa R$ 110 para quem recebe o vale gás e a que aumentou o valor do bolsa família para cerca de R$ 600 reais mensais.
As MPs que beneficiam brasileiros de baixa renda devem caducar, perder a validade, mas serão substituídas por decretos do presidente Lula para que os programas não sejam paralisados. A dificuldade maior é a reformulação do governo, que passou a ter 37 ministérios.
O centrão, que tem cerca de 300 dos 513 deputados, bancou mudanças nos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. Marina Silva, por exemplo, não comanda mais o Cadastro Rural, usado para a vigilância sobre grilagem e queimadas. A demarcação de terras indígenas sai do ministério de Sonia Guajajara para o da Justiça. Já parte da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento -, que cuida dos estoques reguladores, volta para a Agricultura.
No Senado, o projeto do novo marco fiscal, aprovado com folga na Câmara, vai passar por uma comissão e poderá ser votado em plenário na semana de 12 de junho.
A expectativa é de que logo após aprovado, vai pressionar o Banco Central a finalmente iniciar o movimento de queda dos juros. A próxima reunião do Copom, que define a taxa Selic, está marcada para 20 e 21 de junho.