As invasões do MST causam insegurança no campo e nas cidades, porque os grupos desrespeitam a propriedade privada, garantida pela Constituição.
Já são pelo menos 40 propriedades invadidas em todas as regiões do país e o que mais preocupa a maioria do congresso: sem uma resposta efetiva do governo federal para desocupar as áreas.
Oito superintendentes regionais do Incra foram trocados após protestos do MST. Deputados afirmam que os nomeados são ligados aos grupos invasores.
O presidente da frente parlamentar do agronegócio acusou o governo de ficar de braços cruzados (invasões) enquanto o clima entre os produtores é de "terror".
“O Brasil não pode assistir calado a uma ameaça grave ao estado de direito, ameaça grave ao direito de propriedade, ameaça grave à nossa constituição e mais uma vez, um clima de insegurança no campo para os nossos produtores rurais”, disse Pedro Lupion.
Entre as invasões em série do chamado "abril vermelho", duas deixaram os deputados indignados. A ocupação de uma fazenda da Suzano, em Aracruz, no Espírito Santo, que produz celulose, e a de uma área da Embrapa em Pernambuco, responsável pela pesquisa e conservação de espécies e plantas no semiárido nordestino.
A preocupação imediata no Planalto é de que as ações do MST acabem prejudicando as votações de interesse do governo. A frente parlamentar do agronegócio é a maior do congresso: são cerca de 300 integrantes, de diversos partidos.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, cobrou a direção do MST para interromper as invasões. Pela internet, o ministro da Agricultura disse que as invasões são inaceitáveis. Também afirmou que atentar contra a ciência e a produção sustentável é crime próprio de negacionistas.