Em Brasília, novas medidas econômicas podem sair do Ministério da Fazenda ainda este ano. Isso porque, nos próximos dias, o governo promete anunciar um pacote econômico para modernizar parque industrial brasileiro.
As medidas já foram definidas pelo ministro Fernando Haddad, titular da Fazenda, e pelo vice-presidente e ministro do desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin. Haverá um abatimento no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas que investirem em maquinário. Por outro lado, o que emperra as medidas é o tamanho do pacote.
Alckmin e o Planalto pressionam por pelo menos R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O dinheiro seria emprestado ao governo para cobrir a queda na arrecadação com a redução nos impostos. Mas Haddad reluta em pedir crédito.
O que está definido é a reoneração do preço do óleo diesel, a partir de 1º de janeiro. O PIS e a Cofins voltam a incidir sobre o produto, depois de quase dois anos e meio de isenção.
A Petrobrás anunciou uma redução de R$ 0,30 no litro a partir desta quarta-feira (27), para tentar diminuir o impacto. O governo espera que não haja aumento na bomba, mas vai depender de distribuidoras e postos.
“No que diz respeito ao preço da Petrobras, neste mês de dezembro, o preço caiu mais do que a desoneração do dia 1º de janeiro. Então, não há nenhuma razão para ter impacto no preço do diesel. Ao contrário, deveria ainda ter uma pequena redução”, comentou Haddad.