Tem polemica na sala de aula de São Paulo. Acontece que dois milhões de alunos da rede pública estadual deixarão de receber livros impressos em 2024. A mudança começará com estudantes a partir do 6º ano, que terão o material didático composto por livros impressos e digitais.
Para os alunos do ensino médio, o material será 100% digital, tudo produzido pelo próprio governo de São Paulo.
Hoje, as redes municipais e estadual escolhem os livros no catálogo do Ministério da Educação e recebem o material do governo federal, gratuitamente, mas o governo paulista não aderiu ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Com isso, abriu mão de verba federal de cerca de R$ 120 milhões.
“Hoje, com o material digital, consegue entregar tempestivamente, consegue entregar um material mais interessante, um material mais interativo e um material que desperta interesse dos alunos”, explicou Eduardo Vinicius Neiva, secretário-executivo de Educação de São Paulo.
A decisão, segundo a Secretaria de Educação, é para uniformizar o conteúdo das mais de 5 mil escolas do estado. Por outro lado, o modelo adotado pela gestão paulista recebe críticas de entidades do setor da educação.
“Seria importante que uma medida como essa começasse com alguns pilotos, em menos escolas e turmas, que essa iniciativa fosse avaliada com seus impactos, inclusive para poder entender qual é a melhor forma de implementação”, disse uma representante da ONG Todos pela Educação.
O governo diz que investiu em computadores e equipamentos para as escolas, mas não especificou quantos e para quais unidades. A gestão também diz que autorizou a impressão do material para entregar a alunos de escolas que ainda não estejam equipadas.