Governo avalia retomar horário de verão e pede estudo

Projeções apontam que medida geraria uma economia entre 2% e 3% no horário de pico

Ramon Ferraz, do Jornal da Band

Além do comércio, o turismo quer a volta do horário de verão. Por isso, o governo federal pediu novos estudos para tomar uma decisão.

Você já deve ter ouvido falar que tempo é dinheiro. O que se discute agora é se ele vale mais ainda se adiantar o relógio em uma hora.

Várias entidades ligadas aos setores de serviços, shoppings centers e turismo, por exemplo, pedem a volta do horário de verão. Até na Bahia, onde a estratégia não é adotada há 10 anos.

“Para o turismo, haverá uma hora a mais para curtir um happy hour, consumir dentro de um bar e um restaurante”, analisou Leandro Menezes, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na Bahia.

O governo federal avalia que o horário de verão teria pouco resultado no enfrentamento da crise energética. A justificativa é a mesma de 2019, quando o programa foi extinto: as pessoas mudaram de hábitos e agora gastam mais energia elétrica durante o dia.

“A pessoa, chegando mais cedo, acaba ligando o ar condicionado para tentar ter um conforto inicial. Antes, nós tínhamos um pico das 18h às 20h, agora estamos tendo em torno de dois picos”, explica Uerlis Martins, que é engenheiro eletricista.

Uma das projeções apontam que o horário de verão geraria uma economia entre 2% e 3% no início da noite.

"A volta do horário de verão economia pode ter um efeito relativamente baixo no consumo de energia, que fica entre 2% e 3%. Mas isso já é muito relevante, porque essa conta está muito alta”, defende Carlota Costa, diretora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Em todo caso, o Ministério de Minas e Energia pediu novos estudos sobre o impacto no consumo. A análise será feita pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).

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