O governo avalia reduzir o fundo eleitoral e taxar compras internacionais até US$ 50 para manter a desoneração da folha de pagamento das empresas.
A medida provisória que aumenta os impostos dos 17 setores que mais empregam no país continua a ser uma dor de cabeça para o governo. Fernando Haddad foi chamado logo cedo ao planalto recebeu uma determinação: Lula quer uma saída política para evitar disputas com o Congresso e uma eventual judicialização da medida provisória.
O presidente do senado, Rodrigo Pacheco, já havia dito a Haddad que o ideal é enviar uma nova medida provisória mantendo a desoneração até 2027 como aprovada pelos parlamentares.
Haddad também repassou a Lula o resultado de uma conversa que teve por telefone com o presidente da câmara.
Assim como Pacheco, Arthur Lira manifestou preocupação com a possibilidade de aumento do desemprego com a retirada da desoneração a partir de abril, como propõe a medida provisória do governo.
Segundo Haddad, manter a desoneração custa cerca de R$ 12 bilhões por ano em renúncia fiscal.
Duas alternativas estão na mesa para bancar a despesa: cortar do fundo eleitoral, hoje em valor recorde de quase R$ 5 bilhões, e taxar as compras internacionais de até US$ 50, solução que agrada a indústria nacional.
Uma outra medida para aumentar a arrecadação do governo que é contestada é a revogação do PERSE, programa emergencial (eventos) criado na pandemia para ajudar na recuperação do setor de eventos e que duraria até 2026.