Assaltos, sequestros-relâmpago e fraudes. Criminosos continuam se aproveitando da facilidade do Pix, sistema de pagamentos instantâneos, para fazer vítimas pelo Brasil. Um dos golpes mais recentes envolve o pagamento de faturas usando um QR code. Os criminosos mandam falsos boletos para clientes de fornecedores de serviços e ficam com o dinheiro.
“Normalmente, ela não é a sua fatura. Ela provavelmente não vai vir com seu nome, vai vir só com dados numéricos, normalmente errados porque não é algo que foi feito para você, é algo feito de maneira geral. Ou seja, é um phishing. Vou soltar isso para um milhão de pessoas na expectativa que alguns vão efetuar o pagamento”, explicou Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky, especialista em cibersegurança.
Mecanismos de segurança, como a limitação de transferências no período noturno, vêm sendo adotados para tentar conter os ataques virtuais e as ações dos bandidos nas ruas.
Agora, a Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP) enviou ao Banco Central uma série de propostas para aumentar a segurança do Pix. Entre elas, estão:
- Restrição de transferências imediatas para contas criadas há menos de três meses
- Verificação da identidade de quem recebe os valores transferidos
“É uma espécie de dupla checagem nas primeiras operações. Isso deve reduzir bastante, incomodar bastante quem tem uma conta só para fazer fraudes, porque a pessoa vai ter que se expor muito mais”, justificou Fábio Pina, assessor da Fecomercio.
O Banco Central disse que vai avaliar as sugestões.