Gilmar Mendes vota contra presença de fiéis em cultos religiosos na pandemia; STF retoma caso nesta 5ª

Relator da ação, o ministro foi o único a votar nesta quarta e fez crítica ao advogado-geral da União

Da Redação, com Jornal da Band

Iniciado nesta quarta-feira (7), o julgamento no Supremo Tribunal Federal para definir se governadores e prefeitos podem ou não proibir celebrações religiosas com presença de pessoas por meio de decretos continuará nesta quinta (8). As informações são do Jornal da Band.

O presidente do Supremo, Luiz Fux, garantiu que a corte vai “guardar a Constituição”, ao rebater o advogado do PTB Luiz Gustavo Pereira, que criticou ministros que votarem pela proibição de público em eventos religiosos em templos e igrejas por meio de medidas para o combate à pandemia. 

Na sessão, André Mendonça e Augusto Aras, respectivamente advogado-geral e procurador-geral da União, defenderam a realização de cerimônias religiosas com público, ainda que em número restrito, por se tratarem de atividades essenciais, da mesma forma como faz o presidente Jair Bolsonaro. 

Os dois disputam a vaga aberta no Supremo com a aposentadoria do ministro Marco Antônio Mello em julho. 

Justificando a presença de fiéis, Mendonça citou aglomeração em ônibus e aviões.

Relator da ação, o ministro Gilmar Mendes foi o único a votar nesta quarta e foi contra a liberação de cultos presenciais durante a pandemia, criticando a justificativa do advogado-geral. 

“Quando sua Excelência fala dos problemas dos transportes no Brasil, especialmente no transporte coletivo, e fala do problema do transporte aéreo, com a acumulação de pessoas, eu poderia ter entendido que sua Excelência teria vindo agora para a tribuna do Supremo de uma viagem a Marte”, ironizou Mendes. 

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