Geada no Sul do Brasil pode causar aumento de preço nos alimentos; entenda

Consumidores precisam estar atentos para os valores da couve, alface e batata, que podem ser afetadas pelas baixas temperaturas

Por Rodrigo Leite

Com três geadas em cinco dias, agricultores já começam a calcular os prejuízos. Nos próximos dias, os preços podem subir, mas deve ser uma situação passageira. Ronaldo Haluch, produtor de hortaliças no Paraná, indica que pode ter perdido quase metade da produção com as geadas. 

"Precisa esquentar para saber o que foi perdido e se a planta continuará se desenvolvendo", diz Ronaldo, que produz 20 mil maços de hortaliças por mês. O Paraná é o quarto maior produtor dos alimentos no país. 

Alguns produtores conseguiram cobrir as plantações a tempo. Outros foram pegos de surpresa. Por isso que a expectativa é de queda na qualidade dos produtos e diminuição da oferta nas centrais de abastecimento.

Hortaliças que têm folhas maiores sentem mais os efeitos da geada porque acumulam mais gelo. É o caso da couve manteiga. Quando ela está nessa altura, mais perto de ser colhida, os produtores têm dificuldades em proteger a plantação. Aqui a gente consegue ver os efeitos da geada. As folhas perdem a qualidade e ficam assim, com as pontas queimadas. 

Por isso, o consumidor precisa ficar atento — já que as recentes geadas podem afetar também o preço de alguns produtos, principalmente couve, alface e batata. Especialistas acreditam, no entanto, que a situação será passageira. 

"A produção de hortaliças é dinâmica e rápida, por isso que em breve a situação volta ao normal", pontua o engenheiro agrônomo Evaristo de Miranda. 

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