Futuro presidente do Banco Central diz que não vai intervir no dólar

Gabriel Galípolo afirmou que apesar de ter muitas reservas, o BC não vai fazer intervenções vendendo moeda para baixar a cotação

Por Caiã Messina

Futuro presidente do Banco Central diz que não vai intervir no dólar
Futuro presidente do Banco Central diz que não vai intervir no dólar
Pedro França/Agência Senado

Como aprovar tudo em apenas três semanas? Esse é o desafio do Congresso, que tem na mesa propostas como o limite de 2,5% acima da inflação para o aumento anual do salário mínimo, além de novas travas para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada BPC e ao Bolsa Família.

Também está no pacote a elevação gradual do tempo de serviço dos militares, com um tempo de transição maior que o previsto na semana passada. O presidente da Câmara, Arthur Lira, convocou uma reunião do comando da casa nesta terça-feira para discutir como apressar os projetos.

Uma das ideias na mesa é aproveitar outros textos que já estão prontos para serem votados e incluir as propostas do corte, para ganhar tempo. Seja como for, Arthur Lira já deixou claro aos líderes: fará o que for preciso para que tudo esteja aprovado até o fim do ano.

O comando do Congresso avisou que a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês ficou para ser debatida no ano que vem, podendo valer só em 2026.

Nesta segunda-feira (2), o futuro presidente do Banco Central esteve em um evento do mercado financeiro, e pediu tranquilidade. Sobre a disparada do dólar, Gabriel Galípolo afirmou que apesar de ter muitas reservas, o BC não vai fazer intervenções vendendo moeda para baixar a cotação.

"É uma discussão que às vezes vai surgir, de que o país tem US$ 370 bilhões de reservas, por que não segura no peito? Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona. O câmbio flutuante como a gente está vendo é um dos pilares da nossa matriz econômica,

Para acalmar os investidores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu novos cortes, se for necessário. O governo, no entanto, vai esperar que o pacote seja "digerido", para só então avaliar outras iniciativas.

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