Furacão Milton tem “alto potencial destrutivo” e pode ser o pior do século, dizem especialistas

O fenômeno deve tocar o solo na Flórida na quarta-feira, menos de duas semanas após o furacão Helene ter inundado a costa do estado

Eduardo Barão

Furacão Milton
CIRA/NOAA/Handout via REUTERS

Milhões de moradores da região central da Flórida deixaram tudo para trás para salvar as suas vidas diante da chegada de um furacão considerado catastrófico. Encontrar gasolina nos postos de combustível é quase impossível, assim como conseguir vagas em hotéis e pousadas fora do caminho da tormenta.

O furacão Milton, com ventos de mais de 230 quilômetros por hora, deve atingir a Flórida nesta quarta-feira (8). O percurso da tempestade é raro. Milton se formou no Golfo do México e entrará pela costa oeste do estado americano.

O governo local enviou ordens de esvaziamento de importantes cidades, como Tampa, Orlando e Jacksonville. Milton pode ser a pior tempestade a atingir a Flórida, nos últimos 100 anos. O presidente Joe Biden pediu para que as pessoas abandonem as áreas de risco.

Quase 15 milhões de pessoas estão sob alerta de inundações na Flórida. A chegada de uma nova tempestade deve prejudicar ainda mais quem luta para reconstruir o que foi perdido há poucos dias. 

Detritos do furacão anterior, o Helene, ainda estão espalhados por muitas cidades. Equipes aceleram a remoção dos entulhos, para que eles não acabem virando um perigo a mais para a vida das pessoas.

Em um período de pouco mais de quatro horas na segunda-feira (7), o furacão Milton, que se aproxima da Flórida, nos EUA, ganhou uma força "explosiva", como classificou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos: subiu da categoria 2 para a 5, a máxima na escala de intensidade de furacões.

O salto assustou especialistas e, segundo o presidente dos Estados Unidos, pode ser "um dos piores dos últimos cem anos na Flórida".

Nesta terça-feira (8), o Milton perdeu um pouco da força e desceu para a categoria 4, mas, ainda de acordo com os especialistas, segue com "alto potencial destrutivo". O fenômeno deve tocar o solo na Flórida na quarta-feira, menos de duas semanas após o furacão Helene ter inundado a costa do estado, causando destruição e mortes.

Furacão Helene

O furacão Helene, que atingiu os Estados Unidos há duas semanas, está na lista dos piores deste século. 

Com 232 mortos, o fenômeno é o segundo furacão mais mortal dos Estados Unidos desde o ano 2000, superado apenas pelo Katrina, que matou cerca de 1,4 mil pessoas, em 2005. O furacão Sandy, em 2012; o Ían, de 2022, e o Havey, de 2017, também deixaram centenas de mortos.

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