Faz um mês que dois criminosos conseguiram escapar da penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Centenas de policiais ainda estão atrás dos fugitivos.
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça tiveram pelo menos três horas entre a fuga e o momento em que os agentes perceberam a falta deles. Os muitos indícios de facilitação e de falhas nos procedimentos levaram ao afastamento de cinco servidores que comandavam setores da prisão federal.
A caçada aos fugitivos já dura 30 dias. Cerca de 600 homens estão envolvidos na operação, além de helicópteros, drones e cães farejadores.
A investigação policial revelou como os criminosos fugiram e por quê eles ainda não foram recapturados. Um documento da polícia federal revela que os dois vêm recebendo ajuda desde que escaparam.
Sete suspeitos de ajudar os fugitivos já foram presos. A região de buscas traz muitos desafios para a força-tarefa. A cidade de baraúna tem muitas fazendas com produção de frutas para exportação. Isso significa grande oferta de alimentos. Além disso, a área é bem próxima ao parque nacional da Furna Feia, com mais de 200 cavernas.
A demora para a recaptura tem gerado questionamentos. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que a busca pelos criminosos vai continuar.
"O resultado prático, a meu ver, e que é muito positivo, é o fato de que eles não conseguiram escapar deste perímetro que estão cercados até o momento. Estão cercados porque, se não fosse a eficiência das forças de segurança, já teriam se evadido. Estariam em outro estado."
Esta foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima no Brasil. O governo federal afirma que reforçou a segurança nas cinco unidades que mantém no país.