Fruta brasileira e “vacas felizes” viram atrações turísticas em ilha portuguesa

Reportagem do Jornal da Band mostra curiosidades do arquipélago dos Açores, território português localizado no meio do Oceano Atlântico

Da redação

A equipe do Jornal da Band viajou a uma ilha, no meio do Oceano Atlântico, onde uma fruta levada do Brasil virou atração turística. No mesmo lugar, também existe a tradição das vacas felizes que ganham o próprio o nome. Quem conta essas e outras curiosidades sobre os Açores é o enviado especial Fernando Mattar.

Para começar, vai o famoso ananás dos Açores aí? A fruta é produzida, exclusivamente, na Ilha de São Miguel, com denominação de origem protegida. Em meio ao cultivo, a pergunta que não quer calar: por que virou uma atração turística?

Porque o ananás é um produto emblemático nessa região, uma tradição que já remonta há mais de 160 anos. Nós temos algo nosso para mostrar a quem nos visita (Luis Miguel Dâmaso, produtor)

Ananás ou abacaxi?

O ananás chegou a São Miguel em 1864, para ocupar o cultivo da laranja, devastado por uma praga. Logo, as estufas de vidro caiado se espalharam pela ilha. Dizem até que a fruta, originária do Brasil, foi parar na mesa da rainha Vitória, da Inglaterra.

Para nós, brasileiros, o nome da fruta é “abacaxi”, termo de origem indígena. Não há nenhuma diferença para o ananás conhecido em outras regiões do mundo, como explicou Luis Miguel em entrevista à Band.

E as vacas felizes...

Lembram-se das “vacas felizes” citadas no topo desta reportagem? Pois é! Elas estão em todos os lugares da ilha. Às vezes, até em locais não muito adequados. No estacionamento de um dos mirantes onde paramos, um exemplar ocupava o lugar dos carros.

A pecuária é a principal atividade econômica dos Açores, onde são produzidos 30% do leite e 50% do queijo consumido em Portugal. Trata-se do trabalho de centenas de pequenos produtores.

“Neste momento, são três mil litros de leite por dia. A gente ordenha duas vezes por dia. Aqui, em São Miguel, há uma vaca por pessoa. Isso é um dito. Já não sei se é dito ou se é verdade”, disse o produtor de leite César Pacheco.

Turistas amam

Quanto à “felicidade” das vacas, uma universidade inglesa concluiu que os animais que têm nomes próprios produzem mais leite. E como se chamam algumas que pertencem ao César? Renata, Clara, Olívia, Detonha, Fatinha, Ruth, Natasha... 

Os turistas que param aqui querem provar o leite. Eles fazem perguntas, querem tirar fotografias. Saem todos felizes também. As vacas são felizes e eles também saem felizes (César Pacheco, produtor de leite)

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