A maior greve geral em 12 anos na França levou mais de um milhão de pessoas às ruas. Em algumas cidades, o protesto contra a reforma das aposentadorias terminou em violência.
Foram 200 manifestações em toda a França - a maior aconteceu na capital Paris. Vários setores da economia pararam, incluindo indústria, comércio e transporte público.
Os sindicatos dizem que levaram dois milhões de pessoas às ruas. O ministério do interior fala em 1,2 milhão.
Pela primeira vez - nos últimos 12 anos - os principais sindicatos da França estão reunidos nessa greve geral. Ao cair da noite, grevistas - alguns vestidos de zumbi - cantaram uma versão da música "i will survive", que dizia: queremos viver, não sobreviver.
O final da marcha também foi marcado com confrontos entre a polícia e manifestantes.
A proposta atual do governo é bem menos ambiciosa do que a defendida pelo presidente quando concorreu à reeleição, em maio do ano passado. Macron voltou atrás para vencer sua rival, a direitista Marine Le Pen. O palácio do Eliseu propõe agora aumentar em dois anos, de 62 para 64, a idade mínima da aposentadoria até 2030.
A idade mínima para aposentadoria na França é menor do que na maioria dos países europeus - e continuaria assim mesmo após a reforma.
A nova proposta deve ser apresentada ao conselho de ministros no próximo dia 23 para então seguir à Assembleia Nacional.