Jornal da Band

Forças armadas já destruíram 19 garimpos ilegais na terra Yanomami em 5 meses

Mais de 23 mil cestas foram entregues desde o início da missão

Da redação

Cenas como essas se repetem, em média, 26 vezes ao dia na base aérea de boa vista. Desde que o governo federal decretou estado de emergência em saúde pública na terra indígena Yanomami, cabe às forças armadas o apoio logístico e ajuda humanitária na região, com apoio da polícia federal, Ibama e a fundação nacional dos povos indígenas.

As cestas básicas enviadas pela Funai são trazidas para um depósito na base aérea de boa vista. Os paletes abastecem os aviões, de onde são arremessados. Graças aos paraquedas acoplados neles. Aterrissam em segurança. Esse tipo de lançamento já foi feito mais de 1000 vezes, de acordo com as forças armadas, o que significa 500 toneladas de alimentos distribuídos.

Mais de 23 mil cestas foram entregues desde o início da missão. E ainda há mais de 7 mil em um galpão da Conab em boa vista aguardando transporte. A Funai aguarda apoio do ministério da defesa para aumentar a remessa.

Além do apoio logístico e humanitário, desde o dia 21 de junho, um decreto do governo federal determinou que exército, marinha e aeronáutica estão responsáveis também pelo combate a crimes ambientais na região.

Agora são quase 1.200 homens e mulheres das forças de segurança para a patrulha e repressão às atividades ilegais nos mais de 96 mil quilômetros quadrados de área da terra indígena.

O Jornal da Band sobrevoou o garimpo de Homoxi, desativado graças a ação das forças de segurança, e também a aldeia de Palimiu. Essa aldeia indígena serve como ponto de apoio, tanto para a entrega de mantimentos como também apoio logístico para as autoridades. 

Isso porque ela fica às margens do rio Uraricoera onde é feito uma espécie de enforcamento da atividade garimpeira. E tem dado resultado. Há mais de 30 dias, a polícia federal não identifica nenhum novo foco de atividade ilegal na região, fato esse nunca antes registrado.

Denominada de operação ágata fronteira norte, a missão não tem prazo para terminar. Para o comando das forças armadas, o foco é eliminar toda a atividade ilegal e nociva ao meio ambiente na área e impedir que garimpeiros retornem.

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