Força-tarefa vai ampliar investigações em chefes do PCC em São Paulo

“Cara Preta”, colocou pai, irmã e um primo como laranjas na Upbus

Por Cesar Cavalcante

A partir de segunda-feira, uma força tarefa do GAECO, o grupo de combate ao crime organizado, do ministério público entrará na investigação contra os chefes do PCC no caso da empresa de ônibus que opera em São Paulo. 

O DENARC (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) descobriu que, após ganhar o prêmio de 40 milhões na mega-sena, Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, colocou pai, irmã e um primo na sociedade controladora da Upbus - empresa de ônibus que tem contrato com a prefeitura de São Paulo para operar o transporte público na zona leste da capital. 

Os investigadores apuraram que, do capital social de 20 milhões da empresa, somente os familiares de Cara Preta detinham meio milhão de reais em ações.

Além de Cara Preta, outros chefões do PCC aparecem como sócios ocultos da empresa, usando familiares: Claudio Marcos De Almeida, o Django, Décio Gouveia Luis, o Décio Português, Alexandre Salles Brito, o Buiú, e Silvio Luiz Correa, o Cebola. 

Juntando as ações do advogado de três dos criminosos, o grupo controla 15% de todas as cotas da Upbus. Para a polícia, quase todo o quadro societário da viação é composto pelos chamados laranjas: pessoas que são aparentemente honestas no papel, mas que não conseguem comprovar vida financeira à altura do investimento. Entre eles há mecânicos, cozinheiras e até uma estagiária. 

Esta semana, o DENARC obteve, junto à justiça, o sequestro de 40 milhões de reais em bens dos chefes do PCC e também em ativos da Upbus. Quase 250 ônibus da empresa foram sequestrados judicialmente, para impedir eventual transferência da frota

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