A Agência Nacional de Mineração montou uma força-tarefa para fiscalizar as 42 barragens que estão em situação de emergência em Minas Gerais até o fim de janeiro.
Do total, três delas estão no nível três de emergência máxima e outras 10 estão em nível 2, aponta a agência.
Alem disso, a Agência e a Polícia Federal apuram denúncias de mineração irregular na Mina do Pau Branco, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. A mina pertence à Vallourec e é a mesma em que um dique transbordou no início do mês causando a interrupção da MG-040.
O transbordamento já estava sendo investigado e, se houver relação com a possível mineração irregular, os dois casos serão incluídos em um mesmo inquérito.
Em Ouro Preto, a barragem área 9 teve o nível de emergência elevado de 1 para 2 após as chuvas da última semana.
Em Congonhas, no início do mês, uma encosta natural ao lado da barragem Casa de Pedra, da CSN, veio abaixo. A barragem é a maior em área urbana da América Latina e tem quatro vezes o tamanho da barragem de Brumadinho. Os moradores estão assustados.
Em nota, a Vallourec informou que as operações e estruturas da Mina Pau Branco são devidamente licenciadas, e que não recebeu nenhuma notificação oficial a respeito da denúncia. A Vale nega vazamento em macacos.
A Fundação Estadual do Meio Ambiente e o Ministério Público vão elaborar um relatório para cada uma das barragens que estão em nível de emergência em Minas Gerais. Os documentos serão produzidos a partir das informações enviadas pelas três mineradoras responsáveis pelas estruturas e que já estão em fase de análise.