Fora da programação do G20, reuniões paralelas entre representantes dos países já estão rendendo acordos importantes. Diante dos olhos do mundo, foram muitos apertos de mãos. Fora da programação da cúpula, Lula, o anfitrião do G20 recebeu líderes de potências econômicas também a portas fechadas.
Sem as formalidades das sessões plenárias, os chefes de estado e representantes de organizações internacionais aproveitam a presença no Rio de Janeiro para fortalecer alianças e negociar acordos. Uma oportunidade para tratarem questões de interesse mútuo entre os países do bloco.
Só neste domingo, Lula teve 9 reuniões. Esteve, por exemplo, com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi. Os dois assinaram um memorando para investimentos dos Emirados Árabes em projetos de infraestrutura no Brasil. O presidente da Turquia propôs a Lula “parcerias nas áreas de aviação civil e defesa".
Teve ainda encontro com a primeira ministra da Itália e com a presidente da comissão europeia, em que se discutiu o difícil acordo de livre comércio do bloco com o Mercosul. As conversas paralelas à agenda do g20 podem esquentar ou esfriar as relações diplomáticas entre as nações.
O presidente da Argentina, Javier Milei, não sentou à mesa com Lula. Mesmo assim um acordo importante foi assinado entre ministros dos dois países. O Brasil se comprometeu a ampliar as importações de gás da região argentina de Vaca Muerta, para ampliar a oferta e baratear o preço do produto por aqui.
A expectativa é que após o encerramento do G20, Lula ainda converse, no Rio de Janeiro, com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, e depois com o chinês Xi Jinping, em Brasília.