Jornal da Band

Fenômeno La Niña pode levar alívio para calor e seca, mas não resolve prolema climático

Existe 60% de probabilidade do fenômeno La Niña acontecer entre outubro deste ano e fevereiro do ano que vem

Da redação

Com chance de ocorrer nos próximos meses, o fenômeno La Niña pode trazer um pouco de alívio para regiões que enfrentam calor e seca. Mas, assim como ocorreu durante o El Niño, a mudança na temperatura dos oceanos pode agravar outros extremos do clima.

O que acontece na atmosfera mexe com os oceanos e impacta diretamente no dia-a-dia das pessoas. Segundo o geógrafo Paulo Zangalli Júnior, os fenômenos climáticos extremos tendem a se tornar frequentes. 

“Vai ter cada vez mais tempo de chuva concentrada, aumentando eventos extremos e de estiagens e secas mais prolongadas”, disse ao Jornal da Band. 


De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, existe 60% de probabilidade do fenômeno La Niña acontecer entre outubro deste ano e fevereiro do ano que vem. O fenômeno muda a temperatura dos oceanos e provoca reações opostas de um extremo a outro no Brasil. 

A depender do grau do fenômeno, tem enchentes no norte-nordeste e seca no sul e sudeste do país. 

O La Niña é cíclico e aparece a cada dois ou sete anos, com duração até 12 meses, que é quando os ventos na Linha do Equador perdem força, fazendo com que a água fria do fundo do Oceano Pacífico vá para a superfície. 

Como o Pacífico cobre um terço do planeta e qualquer alteração na temperatura dele interfere no calor e na umidade de várias regiões. 

Por isso, o La Niña pode ser importante para a Amazônia, que passa por seca histórica. Por outro lado, pode esticar a seca no sul e sudeste. 


“Apesar de, sim, as temperaturas diminuíram um pouco, os períodos secos podem ficar mais prolongados. Então, o La Nina por si só não resolve o problema que estamos vivendo”, disse o geógrafo. 

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