Famílias revezam dormitórios improvisados em caminhão que serve de abrigo no RS

Nível do Lago Guaíba chegou ao menor patamar em 19 dias, mas muitas pessoas estão impossibilitadas de retornarem para casa

Da redação

Enquanto a água não baixa em algumas regiões de Porto Alegre, famílias vivem acampadas na beira da BR-116. Tem gente que se hospeda em caminhões. É o caso da família do aposentado Eli Reis, de 93 anos, que está na expectativa para voltar para casa há mais de 20 dias.

“Minha casa estava com 3 metros de altura, e entrou água dentro de casa. Agora, estou aqui”, lamentou Eli Reis aos prantos.

No local onde as pessoas se abrigam, um caminhão que era usado para trabalho, agora, serve de dormitório. As famílias, quatro no total, revezam-se. A prioridade é para crianças, mulheres e idosos. Homens dormem em carros.

O Rio Grande do Sul começou a receber, da ONU, 200 unidades habitacionais que são, normalmente, usadas por refugiados. Oito estruturas já chegaram e ainda serão montadas. Elas vieram de Boa Vista, onde serviram de abrigo temporário para venezuelanos.

Em Eldorado do Sul, a movimentação é pelo resgate do corpo de uma mulher, desaparecida desde o dia 9.

Em Porto Alegre, muito lixo pelas ruas após o nível do Guaíba chegar ao menor patamar em 19 dias. A rodoviária, no centro da cidade, não tem prazo para reabrir. O meio da estação está cheio de agua, mais de um metro. Lojistas nem conseguem chegar aos estabelecimentos.

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