Família de Faustão apoia projeto de lei para facilitar doação de órgãos

Proposta dos deputados Maurício Carvalho (União) e Marangoni (União) prevê que todos os brasileiros sejam doadores

Carolina Villela

Família de Faustão apoia projeto de lei para facilitar doação de órgãos
Família de Faustão apoia projeto de lei para facilitar doação de órgãos
Renato Pizzutto/Band TV

A família do apresentador Fausto Silva foi até Brasília nesta terça-feira (12) para apoiar uma proposta que visa facilitar a doação de órgãos no Brasil. Ao lado do filho e dos autores da proposta, Luciana Cardoso, esposa de Faustão, defendeu a doação presumida de órgãos

A pessoa pode se declarar não doadora se quiser no momento que for tirar a sua documentação. Vai facilitar tirando a burocracia da família também né, afirmou a esposa do apresentador. 

O projeto, dos deputados Maurício Carvalho e Marangoni, ambos do União Brasil, prevê a doação presumida de órgãos, com exceção para quem se manifestar contrário em vida. Os parlamentares pediram urgência na tramitação na proposta. 

“Não é uma obrigação, e sim uma forma de facilitar, e ajudar as famílias brasileiras nesse momento, momento de comoção”, afirma o deputado Maurício Carvalho. Atualmente, no Brasil, a pessoa precisa se declarar doadora de órgãos, mas a palavra final é da família. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 65 mil pessoas estão à espera de um transplante. Se aprovado o pedido de urgência, o projeto segue para votação em plenário, sem passar pelas comissões. 

O que significa doação presumida de órgãos?

Ainda nas redes sociais, João Guilherme explicou como funciona a modalidade: “Todo mundo é doador até que a pessoa decida, na verdade, se não quiser ser doadora, que a pessoa se pronuncie. Então, até o contrário, todo mundo é doador. Vamos tentar mudar a história do Brasil e todas essas pessoas na fila hoje, consigam o órgão mais rápido”, completou. 

Atualmente, o Brasil adota o modelo da doação consentida. Nesses casos, a família do paciente — ou a própria pessoa, em casos de doadores vivos — deve autorizar a retirada do órgão para um possível transplante.

Campanha da Band

O Grupo Bandeirantes acredita que a solidariedade salva. Por isso, no dia 21 de agosto, lançou a campanha "Doe órgãos, Doe vida", uma conscientização para a doação de órgãos e tecidos. Todos os dias, inúmeras vidas estão em jogo, esperando uma segunda chance que só pode vir de um ato de generosidade. Converse com a sua família sobre o assunto. Só ela pode autorizar esse ato. Veja mais informações no site do Ministério da Saúde.

O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, além de ser o segundo maior transplantador, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, responsável pela garantia de 90% das cirurgias por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Há uma integração com todas as 27 centrais estaduais.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, há 617 hospitais e 1.495 equipes autorizados a realizarem transplantes no Brasil. Uma delas é liderada pelo médico Lúcio Pacheco, especialista em transplante de fígado. As etapas para um transplante acontecer são as seguintes:

  • inclusão do paciente na lista nacional de transplantes pelo médico autorizado;
  • acompanhamento da posição na fila pelos canais oficiais do governo;
  • passar pelo procedimento caso haja o órgão compatível e a posição na fila seja favorável.

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