Israel intensificou as operações por terra na Faixa de Gaza. Horas antes, um ataque de foguetes do Hamas atingiu Tel Aviv.
Quando a noite caiu em Gaza, os bombardeios se intensificaram com uma força que não se tinha visto ainda nesses 21 dias de guerra. A ofensiva foi tão forte que cortou todas as linhas de comunicação com o mundo lá fora. Jornalistas e palestinos não conseguem mais mostrar o drama que estão vivendo.
O exército Israelense afirmou que está expandindo a operação terrestre e voltou a pedir para que civis migrem para o sul.
Nos últimos dois dias, incursões por terra já aconteceram. Soldados foram apoiados por blindados, drones e helicópteros. De acordo com o exército do país, 250 pontos de operação do Hamas foram destruídos nas últimas 24 horas. O líder da inteligência do grupo extremista foi morto e ninguém do lado israelense ficou ferido.
Apesar dos constantes bombardeios das últimas horas em Gaza, o Hamas segue ainda com boa capacidade de atacar Israel. Durante todo o dia, sirenes tocaram e Tel Aviv foi atingida.
O domo de ferro israelense não foi capaz de conter todos os foguetes lançados de Gaza. Um deles destruiu parte um de um prédio residencial. Três pessoas ficaram feridas.
À noite, as sirenes voltaram a tocar. Novos bombardeios vindos de Gaza ganharam o céu das cidades ao sul israelense.
Nesta sexta-feira (27), o governo israelense foi aos microfones afirmar que o Hamas tem um centro de comando no subsolo do maior hospital de Gaza. E apresentaram este vídeo, mostrando como seria a estrutura do grupo extremista. O Hamas negou e disse que essa acusação é um prenúncio para um outro ataque a uma unidade de saúde.
Nesta sexta-feira, mais 10 caminhões entraram na Faixa de Gaza com ajuda. Uma migalha, segundo grupos humanitários que atuam na região. Antes da guerra começar, cerca de 500 caminhões abasteciam todos os dias o enclave palestino.
Combustível, fundamental para que hospitais continuem funcionando, segue barrado.
Israel afirma que o material pode ser usado para fins militares pelo inimigo.
O Hamas tem cerca de 500 km de túneis subterrâneos, alguns com 70 metros de profundidade. A eletricidade e ventilação aqui dependem de combustível. Para se locomover nessa extensa rede, até motos são utilizadas.
O objetivo desses ataques, não é apenas destruir pontos de operação do Hamas, mas também enfraquecer ao máximo o grupo. O efeito colateral é enorme, com o sufocamento de mais de 2 milhões de civis.
Essa é uma guerra com visões diferentes. Muitos líderes do ocidente afirmam que o Hamas utiliza civis como escudo humano e, por isso, eles são os responsáveis pela tragédia humanitária. Já países do Oriente Médio dizem que Israel não está respeitando leis internacionais e tem aplicado punição coletiva.
O Qatar afirma que está confiante nas negociações para libertar reféns - sobretudos os estrangeiros -, mas ressaltou que é preciso parar com os bombardeios. O Hamas já disse que só inicia qualquer conversar quando houver um cessar-fogo, que cada vez parece estar mais distante.