
Um drone que carrega explosivos e que custa menos de R$ 600 pode causar estragos em forças inimigas durante uma guerra. Como é controlado remotamente, os soldados não correm riscos, ao contrário dos pilotos de aviões, que seguem para o campo de batalha e precisam também de um extenso e caro treinamento.
Especialistas apontam que os drones marcam uma nova era de guerra, sejam pequenos, como muitos usados pela Ucrânia e Rússia, ou grandes, bem mais sofisticados, em operação nos Estados Unidos, para o controle da fronteira e missões no exterior.
E Brasil quer investir nisso. Dominar o espaço aéreo com drones é uma das prioridades do Ministério da Defesa, uma estratégia de longo prazo.
O Exército abriu consulta pública para comprar equipamentos no mercado nacional ou internacional. Eles devem ter capacidade ofensiva: disparar míssil ou foguete guiado por laser, além do lançamento de bombas ou granadas. O voo deve ter alcance de pelo menos 300 km. Já no modo de observação sobre uma área, uma autonomia de dois dias.
Como o processo de licitação é demorado, a ideia é aproveitar o que está à disposição. Instalar misseis no drone de fabricação brasileira, já usado pelo Exército. O Nauru, por exemplo, é capaz de voar a 110 km/h, equipado com armas de 7 kg, capazes de destruir alvos leves ou com pouca blindagem.