Exclusivo: Megatraficante brasileiro é suspeito de ser dono de 1,3t de cocaína apreendida em jatinho

Passageiro espanhol preso pela PF seria "mula de luxo" do ex-major da PM Sérgio Roberto de Carvalho, procurado em 5 países

Rodrigo Hidalgo, do Jornal da Band

O megatraficante brasileiro Sérgio Roberto de Carvalho, ex-major da Polícia Militar, é suspeito de ser o verdadeiro dono de 1,3 tonelada de cocaína apreendida em um avião executivo no Ceará, no início de agosto. O carregamento seria vendido na Europa pelo equivalente a R$ 300 milhões.

O flagrante da grande quantidade de droga dentro de um jato particular que seguiria para Bruxelas, na Bélgica, aconteceu no aeroporto de Fortaleza. O passageiro espanhol, inicialmente apontado como o dono da carga, e o piloto turco, da aeronave de mesma nacionalidade, acabaram presos. Na audiência de custódia, Angel Alberto Gonzalez disse que era engenheiro e não tinha antecedentes criminais.

O Jornal da Band teve acesso, com exclusividade, a detalhes da investigação contra a quadrilha. A Polícia Federal acredita que Angel, que tinha uma doença terminal e morreu no último domingo (24) em um hospital de Fortaleza onde era mantido sob escolta, tinha apenas sido contratado para levar a cocaína para a Europa, ou seja, uma “mula de luxo” do tráfico. 

A suspeita é que o verdadeiro dono da carga milionária seja um dos narcotraficantes brasileiros mais procurados do mundo. O carregamento pertenceria a Sergio Roberto de Carvalho, ex-major da PM do Mato Grosso do Sul que enriqueceu com o tráfico internacional de cocaína. 

Ele chegou a ser preso em 2018 em um balneário espanhol, onde levava uma vida de luxo, mas acabou solto para responder em liberdade e desapareceu. Atualmente, é procurado em pelo menos cinco países e foragido da Interpol.

Em novembro do ano passado, a polícia encontrou em Lisboa (Portugal) 12 milhões de euros (cerca de R$ 77 milhões, na conversão) dentro de uma van em um endereço ligado ao ex-major.

Segundo as investigações, todo o esquema para o envio da droga, que havia sido carregada em Ribeirão Preto, no interior paulista - área de domínio do PCC - teria sido planejado em Dubai, nos Emirados Árabes, onde o megatraficante tinha uma empresa.

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