A Polícia Federal investiga o sumiço de duas toneladas de cocaína do PCC (Primeiro Comando da Capital) de um depósito em Santos, no litoral de São Paulo – uma trama criminosa que envolve ganância, traição e assassinatos.
Um vídeo, feito pelos próprios traficantes, mostra tabletes de cocaína pura produzida na Colômbia. Na gravação, um deles prepara o tijolo para receber uma marca. Em código, ele indica qual grupo criminoso no Brasil comprou a droga para mandar para a Europa.
Os compradores europeus não aceitam mistura na cocaína, que parte em grandes quantidades de portos no Brasil, no Paraguai e no Equador.
Com base na produção anual de cocaína na América do Sul, estima-se que, para cada carga apreendida, outras nove cheguem ao destino previsto pelos traficantes.
Mas o sumiço de um carregamento milionário de droga do PCC provocou tensão em Santos. Uma carga que seguiria escondida em um contêiner com destino à Bélgica não foi apreendida oficialmente pelas autoridades – e, até hoje, não apareceu.
Em agosto, uma investigação de combate ao tráfico teria descoberto duas toneladas de cocaína em um depósito no litoral paulista. Só que o carregamento – que pertencia a dois chefões do PCC, André do Rap e Gordão – teria sido desviado por policiais corruptos, para depois ser revendido por outros grupos criminosos. A PF apura o caso.
O sumiço da droga pode ter contado com integrantes do próprio crime organizado. Dois suspeitos de colaborar com os policiais corruptos estão desaparecidos. Os investigadores acreditam que eles tenham sido mortos pela traição.