Prisão de Cristiano Girão: investigação pode ajudar a esclarecer caso Marielle Franco

Entenda quem é o ex-vereador do Rio e miliciano que foi preso em São Paulo

Da Redação

O ex-vereador do Rio Cristiano Girão, apontado como chefe de milícia, foi preso nesta sexta-feira (30) em São Paulo. Ele é acusado pela morte de um rival, numa investigação que pode ajudar a esclarecer o caso Marielle.

Cristiano Girão já tinha sido preso em 2009 após ser indiciado na CPI das milícias. Na época, Marielle era funcionária do gabinete do deputado Marcelo Freixo, que presidia a CPI. Era ela quem ouvia as vítimas dos milicianos.

Girão ficou oito anos preso, até ganhar direito ao semi-aberto. Chegou a ser detido novamente, flagrado dirigindo um carro roubado. Mas acabou ganhando um indulto da Justiça, em 2017.

Na prisão de hoje, Cristiano Girão foi encontrado saindo da sua loja, no bairro Pari, em São Paulo, onde ele vinha passando as noites, para evitar a polícia, desde que descobriu ser alvo de uma investigação.

Um mandado de prisão também foi cumprido contra o policial reformado Ronnie Lessa, já preso acusado de matar Marielle Franco. Os dois são acusados pela morte de um miliciano rival de Girão, que vinha tentando tomar o controle da Gardênia Azul, comunidade na zona oeste dominada pelo ex-vereador até ele ser preso em 2009.

O crime aconteceu em 2014 e chamou atenção por ter uma dinâmica muito parecida com o atentado contra Marielle, com atiradores disparando de dentro de um carro e fugindo. O suposto envolvimento de Lessa com o crime foi revelado após a quebra do sigilo telemático, autorizada pela Justiça no âmbito do caso Marielle.

A investigação revelou que Lessa monitorava as notícias que saíam na internet sobre o caso. Para a polícia, o crime comprova a ligação de Lessa com Cristiano Girão. A operação desta sexta foi considerada um passo importante que pode ajudar a esclarecer quem foi o mandante da morte de Marielle Franco.

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