Após a demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos, sob acusações de assédio sexual e moral, a então secretária-executiva da pasta, Rita de Oliveira, pediu demissão, em apoio ao agora ex-ministro. Mas, em entrevista exclusiva ao Jornal da Band, uma ex-servidora acusa Rita de Oliveira de assédio moral.
"Reuniões onde ela gritava, onde ela pedia nomes de quem errou, exigia. E aí assim, a coisa vinha de um nível: para o coordenador, do coordenador que depois ia e tratava mal ou exigia da pessoa que tava inferior a ele porque a coisa vinha de cima, né? Hoje tô tomando remédio, tenho depressão, insônia", relata.
A assessoria de comunicação do ministério garante que não houve denúncias de assédio sexual entre 2023 e 2024. Rita de Oliveira, por sua vez, nega a acusação e Silvio Almeida nega os crimes que levaram à demissão dele. Além do inquérito na Polícia Federal, o ex-ministro tem 10 dias para apresentar uma defesa à Comissão de Ética Pública do Governo Federal, vinculada à presidência da República.
Almeida diz que prepara documentos, prints de conversas e testemunhas para provar que não cometeu crimes. Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, teria sido uma das vítimas do ex-colega. A Polícia Federal deve ouvir a ministra nos próximos dias.
Nova ministra tem a missão de identificar casos de assédio
A nova ministra dos Direitos Humanos foi escolhida após uma conversa pessoal com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha desta segunda-feira (9) foi a professora e deputada estadual Macaé Evaristo, que irá substituir Silvio Almeida no ministério. Ele foi demitido na sexta (6), sob acusações de assédio sexual.
Ao se reunir com a equipe do ministério, Macaé também chega com uma missão, a pedido de Lula: identificar outros possíveis casos de assédio sexual e moral.