Ex-funcionária acusa Facebook de colocar lucro acima de segurança de usuários

Problemas após "apagão" se somaram às graves denúncias da ex-gerente Frances Haugen no Senado americano

Eduardo Barão, do Jornal da Band

Depois do apagão que deixou o Facebook, Instagram e WhatsApp fora do ar, na última segunda-feira (2), uma acusação de uma ex-funcionária atinge a imagem da empresa: a de pôr o lucro acima da segurança de usuários.

As práticas secretas do Facebook ganharam holofotes no Congresso americano.

A grave falha que deixou bilhões de usuários sem acesso às plataformas por quase sete horas foi provocada por uma mudança numa estrutura interna que derrubou todos os serviços. 

Os problemas técnicos se somaram nesta terça-feira (5) às graves denúncias de uma ex-gerente de produtos da gigante de tecnologia. Em audiência no Senado, Frances Haugen lançou acusações graves contra Mark Zuckerberg.

“Quando confrontado entre o lucro e a segurança dos usuários, o Facebook optava sempre por priorizar os lucros. Mark Zuckerberg tem 55% das ações com direito a voto. No final do dia, a responsabilidade é dele”, disse.

De acordo com a ex-funcionária, o Facebook sabe que suas redes sociais têm causado divisões, desestabilizado democracias, e representado um risco à saúde física e mental dos jovens.

“O Facebook sabe que está levando usuários jovens para conteúdos relacionados à anorexia”, afirmou Frances.

A empresa nega as acusações.

Há anos, os parlamentares americanos ameaçam regulamentar redes sociais, como o Facebook. Práticas ilegais como monopólio e invasão de privacidade sempre foram questionadas, mas as punições são raras.

Na semana passada, o Facebook voltou atrás e cancelou o lançamento de um Instagram para crianças a partir de 13 anos, depois de uma enxurrada de críticas de pais e educadores.

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