A denúncia envolvendo um suposto desvio de dinheiro na Igreja Bola de Neve está sendo investigada pelo Ministério Público sob sigilo, mas informações obtidas pela Band apontam que um ex-diretor da instituição teria criado uma empresa de maquininhas de cartão e faturado quase R$ 500 mil em alguns meses.
O processo de divórcio entre o apóstolo Rina e a pastora Denise, fundadores da Bola de Neve, detonou uma batalha interna pelo poder. Com a morte de Rina, Denise se tornou presidente da igreja e denunciou supostas irregularidades cometidas por integrantes da diretoria, foi aí que o grupo tentou impedir a posse dela.
A Justiça decidiu que Denise responde pela igreja e determinou que os antigos diretores estão proibidos de fazer qualquer coisa em nome da Bola de Neve.
Denise teria passado um ‘pente fino’ nas contratações feitas pelo ex-diretor financeiro da igreja, Éverton Ribeiro. Ele teria contratado empresas dele e de sua irmã para prestarem serviços para a igreja.
Éverton criou uma empresa de maquininhas de cartão para receber o dízimo dos fiéis, a SIAF. Em alguns meses, essa empresa faturou quase R$ 500 mil com o serviço. Paralelamente, a empresa “Filhos do Rei”, da irmã do ex-diretor, faturou cerca de R$ 1,5 milhão prestando serviços para a Bola de Neve.
Mesmo sem poderes para representar a igreja, o escritório Urbano Vitalino Advogados informou ter solicitado certidões em nome da Bola de Neve e de Éverton Ribeiro, afirmando que não há investigação em andamento contra eles no Ministério Público.