A saída temporária de presidiários tem causado diversos problemas no Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo 40% dos condenados não voltam pra cadeira. Nos Estados Unidos a realidade é bem diferente, como o Jornal da Band já mostrou. E na Europa o cenário é parecido com o americano, mas varia de acordo com cada país.
Mesmo com uma taxa de criminalidade bem menor em comparação ao Brasil, a liberação de presos em feriados não é prática que acontece na maioria dos países europeus. Há raras exceções no Natal em alguns países, como Reino Unido e Irlanda. No entanto, a saída temporária pode acontecer em casos específicos e com supervisão.
Na Inglaterra, existe um programa pra facilitar a ressocialização do detento e também diminuir a população carcerária, que tem caído nos últimos anos e hoje é menor que 80 mil.
Um preso que apresentar bom comportamento, pode - já no final da pena - conseguir uma liberação para sair durante o dia, normalmente para trabalhar. Mas pra conseguir o benefício existe um processo rigoroso e a análise de vários profissionais, como psicólogos e funcionários de presídios.
Na Alemanha, a pena mais severa é a perpétua, mas exista a possibilidade de liberdade condicional após ficar - pelo menos - 15 anos atrás das grades.
Na Espanha, existe o sistema progressivo, que é analisado pela Justiça. Para crimes com pena superior a cinco anos, a progressão é autorizada após cumprimento da metade da condenação.
Já o indulto existe em quase todos os países do continente. E o perdão a presos é algo raro e, normalmente, fica a critério do presidente ou primeiro-ministro. No Reino Unido e Bélgica, por exemplo, é uma decisão que cabe ao Rei ou a Rainha.