Aplicativos como o Pix existem há anos e são muito populares em outros países como Estados Unidos e Inglaterra, onde os casos de sequestro para transferência de dinheiro são raríssimos.
A pandemia ajudou a popularizar os aplicativos de transferência entre bancos, com um crescimento de 472% nos Estados Unidos. Para evitar contato com o dinheiro ou mesmo com cartão, comerciantes passaram a dar preferência a transações feitas de forma on-line.
Mas desde 2017, os americanos têm à disposição dezenas de redes de pagamentos e repasses digitais. O mais famoso é o Zelle - semelhante ao Pix do Brasil - que funciona com transferências gratuitas e imediatas, após o cadastramento do telefone ou e-mail. O limite diário de transferência é de US$ 3.500 (R$19 mil, na conversão).
Nos Estados Unidos, uma transferência bancária tradicional, até para a mesma agência, costuma ser cobrada e demora alguns dias para cair na conta. Por isso, os clientes preferem essas alternativas que são consideradas seguras.
Com o maior uso desses aplicativos, o número de golpes também aumentou. Não há relatos de sequestros para este fim. No estado de Nova York, por exemplo, a pena mínima é de 25 anos de prisão.
No Reino Unido existe, desde 2008, o Faster Payment Service. Essa é uma tecnologia semelhante ao Pix e permite a transferência entre duas contas a qualquer hora do dia e da semana quase que instantaneamente.
Dá para fazer a transação por aplicativo no celular, pela internet ou até por telefone. Em 2019, foram 2,4 bilhões pagamentos processados, um recorde. O montante movimentado foi de 1,9 trilhão de libras - quase R$ 14 trilhões.
O limite de um pagamento instantâneo por aqui é de 250 mil libras (R$ 1,8 milhão). Mas essa tecnologia, que existe há 13 anos, não fez a taxa de crimes aumentar já que, no geral, o Reino Unido é um local seguro.
Mesmo assim, existem várias agências antifraudes que trabalham com os bancos para evitar golpes. Mas, se por acaso acontecer um sequestro na Inglaterra, a pena geralmente é superior a 10 anos.